BREVE RESUMO DE SUA BIOGRAFIA

Estreou no jornalismo (1927), com o pseudônimo de Rita de Queluz, publicando trabalhos no jornal O Ceará, de que se tornou afinal redatora efetiva. Ali publicou seus primeiros poemas à maneira modernista e iniciou sua carreira literária com o romance O quinze, tratando sobre o drama dos flagelados da seca, na extrema pobreza e sem ter quem os oriente sobre o cultivo da terra, romance que lhe trouxe a consagração com o Prêmio da Fundação Graça Aranha (1931). Seguiram-se vários outros sucessos até fixar residência no Rio de Janeiro, RJ (1939), passando também a se dedicar ao teatro e à crítica literária em revistas e jornais como no Diário de Notícias, em O Cruzeiro e em O Jornal. Membro do Conselho Federal de Cultura, desde a sua fundação até sua extinção (1967-1989), participou da 21a Sessão da Assembléia Geral da ONU (1966), onde serviu como delegada do Brasil, trabalhando especialmente na Comissão dos Direitos do Homem. Iniciou colaboração semanal no jornal O Estado de S. Paulo e no Diário de Pernambuco (1988).
Outras importantes obras da autora foram os romances João Miguel (1932), Caminho de pedras (1937), As três Marias (1939), Prêmio da Sociedade Felipe d’Oliveira, O galo de ouro (1950) e Memorial de Maria Moura (1992), as peças Lampião (1953), Prêmio Saci, de O Estado de São Paulo (1954), e A beata Maria do Egito (1958), Prêmio de teatro do Instituto Nacional do Livro e Prêmio Roberto Gomes, da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro (1959), os volumes de crônicas A donzela e a moura torta (1948), Cem crônicas escolhidas (1958), O caçador de Tatu (1967) e Mapinguari (1964-1976) e os livros infantis O menino mágico (1969), Prêmio Jabuti de Literatura Infantil, da Câmara Brasileira do Livro (São Paulo), Cafute Pena-de-Prata (1986) e Andira (1992).
Ainda foi laureada com os seguintes prêmios e honrarias: Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de obra (1957), Prêmio Nacional de Literatura de Brasília para conjunto de obra (1980); título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará (1981), Medalha Marechal Mascarenhas de Morais, em solenidade realizada no Clube Militar (1983), Medalha Rio Branco, do Itamarati (1985), Medalha do Mérito Militar no grau de Grande Comendador (1986) e Medalha da Inconfidência do Governo de Minas Gerais (1989). Seu último grande sucesso literário foi Memorial de Maria Moura (1992) que se tornou minissérie de televisão. Sofrendo de diabetes, morreu enquanto dormia em sua casa no bairro do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, 13 dias antes de completar 93 anos (17/11), vítima de um infarto do miocárdio.
A escritora cearense já havia sofrido um derrame (1999), tinha dificuldades de locomoção e era acompanhada por uma enfermeira, e o corpo dela foi velado no prédio da Academia Brasileira de Letras, no Rio, e enterrado no mausoléu de sua família no Cemitério São João Batista, em Botafogo, ao lado de seu segundo marido, Oyama de Macedo, com quem viveu 42 anos.
Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/
Biografia
"[...] tento, com a maior insistência, embora com tão
precário resultado (como se tornou evidente), incorporar
a linguagem que falo e escuto no meu ambiente nativo à
língua com que ganho a vida nas folhas impressas. Não
que o faça por novidade, apenas por necessidade.
Meu parente José de Alencar quase um século atrás vivia
brigando por isso e fez escola."
Rachel de Queiroz, nasceu em Fortaleza - CE, no dia 17 de novembro de 1910, filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz, descendendo, pelo lado materno, da estirpe dos Alencar (sua bisavó materna — "dona Miliquinha" — era prima José de Alencar, autor de "O Guarani"), e, pelo lado paterno, dos Queiroz, família de raízes profundamente lançadas em Quixadá, onde residiam e seu pai era Juiz de Direito nessa época.
Em 1913, voltam a Fortaleza, face à nomeação de seu pai para o cargo de promotor. Após um ano no cargo, ele pede demissão e vai lecionar Geografia no Liceu. Dedica-se pessoalmente à educação de Rachel, ensinando-a a ler, cavalgar e a nadar. Aos cinco anos a escritora leu "Ubirajara", de José de Alencar, "obviamente sem entender nada", como gosta de frisar.
Fugindo dos horrores da seca de 1915, em julho de 1917 transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro, fato esse que seria mais tarde aproveitado pela escritora como tema de seu livro de estréia, "O Quinze".
Logo depois da chegada, em novembro, mudam-se para Belém do Pará, onde residem por dois anos. Retornam ao Ceará, inicialmente para Guaramiranga e depois Quixadá, onde Rachel é matriculada no curso normal, como interna do Colégio Imaculada Conceição, formando-se professora em 1925, aos 15 anos de idade. Sua formação escolar pára aí.
Rachel retorna à fazenda dos pais, em Quixadá. Dedica-se inteiramente à leitura, orientada por sua mãe, sempre atualizada com lançamentos nacionais e estrangeiros, em especial os franceses. O constante ler estimula os primeiros escritos. Envergonhada, não mostrava seus textos a ninguém.
Em 1926, nasce sua irmã caçula, Maria Luiza. Os outros irmãos eram Roberto, Flávio e Luciano, já falecidos.
Com o pseudônimo de "Rita de Queluz" ela envia ao jornal "O Ceará", em 1927, uma carta ironizando o concurso "Rainha dos Estudantes", promovido por aquela publicação. O diretor do jornal, Júlio Ibiapina, amigo de seu pai, diante do sucesso da carta a convida para colaborar com o veículo. Três anos depois, ironicamente, quando exercia as funções de professora substituta de História no colégio onde havia se formado, Rachel foi eleita a "Rainha dos Estudantes". Com a presença do Governador do Estado, a festa da coroação tinha andamento quando chega a notícia do assassinato de João Pessoa. Joga a coroa no chão e deixa às pressas o local, com uma única explicação "Sou repórter".
Seu pai adquiriu o Sítio do Pici, perto de Fortaleza, para onde a família se transfere. Sua colaboração em "O Ceará" torna-se regular. Publica o folhetim "História de um nome" — sobre as várias encarnações de Rachel — e organiza a página de literatura do jornal.
Submetida a rígido tratamento de saúde, em 1930, com suspeitas uma congestão pulmonar e de tuberculose, a autora se vê obrigada a fazer repouso e resolve escrever "um livro sobre a seca". "O Quinze" — romance de fundo social, profundamente realista na sua dramática exposição da luta secular de um povo contra a miséria e a seca — é mostrado aos pais, que decidem "emprestar" o dinheiro para sua edição, que é publicada em agosto com uma tiragem de mil exemplares. Diante da reação reticente dos críticos cearenses, remete o livro para o Rio de Janeiro e São Paulo, sendo elogiado por Augusto Frederico Schmidt e Mário de Andrade. O livro logo transformaria Rachel numa personalidade literária. Com o dinheiro da venda dos exemplares, a escritora "paga" o empréstimo dos pais.
Em março de 1931, recebe no Rio de Janeiro o prêmio de romance da Fundação Graça Aranha, mantida pelo escritor, em companhia de Murilo Mendes (poesia) e Cícero Dias (pintura). Conhece integrantes do Partido Comunista; de volta a Fortaleza ajuda a fundar o PC cearense.
Casa-se com o poeta bissexto José Auto da Cruz Oliveira, em 1932. É fichada como "agitadora comunista" pela polícia política de Pernambuco. Seu segundo romance, "João Miguel", estava pronto para ser levado ao editor quando a autora é informada de que deveria submetê-lo a um comitê antes de publicá-lo. Semanas depois, em uma reunião no cais do porto do Rio de Janeiro, é informada de que seu livro não fora aprovado pelo PC, porque nele um operário mata outro. Fingindo concordar, Rachel pega os originais de volta e, depois de dizer que não via no partido autoridade para censurar sua obra, foge do local "em desabalada carreira", rompendo com o Partido Comunista.
Publica o livro pela editora Schmidt, do Rio, e muda-se para São Paulo, onde se aproxima do grupo trotskista.
Nasce, em Fortaleza, no ano de 1933, sua filha Clotilde.
Muda-se para Maceió, em 1935, onde faz amizade com Jorge de Lima, Graciliano Ramos e José Lins do Rego. Aproxima-se, também, do jornalista Arnon de Mello (pai do futuro presidente da República, Fernando Collor, que a agraciou com a Ordem Nacional do Mérito). Sua filha morre aos 18 meses, vítima de septicemia.
O lançamento do romance "Caminho de Pedras", pela José Olympio - Rio, se dá em 1937, que seria sua editora até 1992. Com a decretação do Estado Novo, seus livros são queimados em Salvador - BA, juntamente com os de Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos, sob a acusação de subversivos. Permanece detida, por três meses, na sala de cinema do quartel do Corpo de Bombeiros de Fortaleza.
Em 1939, separa-se de seu marido e muda-se para o Rio, onde publica seu quarto romance, "As Três Marias".
Por intermédio de seu primo, o médico e escritor Pedro Nova, em 1940 conhece o também médico Oyama de Macedo, com quem passa a viver. O casamento duraria até à morte do marido, em 1982. A notícia de que uma picareta de quebrar gelo, por ordem de Stalin, havia esmigalhado o crânio de Trotski faz com que ela se afaste da esquerda.
Deixa de colaborar, em 1944, com os jornais "Correio da Manhã", "O Jornal" e "Diário da Tarde", passando a ser cronista exclusiva da revista "O Cruzeiro", onde permanece até 1975.
Estabelece residência na Ilha do Governador, em 1945.
Seu pai vem a falecer em 1948, ano em que publica "A Donzela e a Moura Torta". No ano de 1950, escreve em quarenta edições da revista "O Cruzeiro" o folhetim "O Galo de Ouro".
Sua primeira peça para o teatro, "Lampião", é montada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e no Teatro Leopoldo Fróes, em São Paulo, no ano de 1953. É agraciada, pela montagem paulista, com o Prêmio Saci, conferido pelo jornal "O Estado de São Paulo".
Recebe, da Academia Brasileira de Letras, em 1957, o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra.
Em 1958, publica a peça "A beata Maria do Egito", montada no Teatro Serrador, no Rio, tendo no papel-título a atriz Glauce Rocha.
O presidente da República, Jânio Quadros, a convida para ocupar o cargo de ministra da Educação, que é recusado. Na época, justificando sua decisão, teria dito: "Sou apenas jornalista e gostaria de continuar sendo apenas jornalista."
O livro "As Três Marias", com ilustrações de Aldemir Martins, em tradução inglesa, é lançado pela University of Texas Press, em 1964.
O golpe militar de 1964 teve em Rachel uma colaboradora, que "conspirou" a favor da deposição do presidente João Goulart.
O presidente general Humberto de Alencar Castelo Branco, seu conterrâneo e aparentado, no ano de 1966 a nomeia para ser delegada do Brasil na 21ª. Sessão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, junto à Comissão dos Direitos do Homem.
Passa a integrar o Conselho Federal de Cultura, em 1967, e lá ficaria até 1985. Depois de visitar a escritora na Fazenda Não me Deixes, em Quixadá, o presidente Castelo Branco morre em desastre aéreo.
Estréia na literatura infanto-juvenil, em 1969, com "O Menino Mágico", em 1969.
No ano de 1975, publica o romance "Dôra, Doralina".
Em 1977, por 23 votos a 15, e um em branco, Rachel de Queiroz vence o jurista Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda e torna-se a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras. A eleição acontece no dia 04 de agosto e a posse, em 04 de novembro. Ocupa a cadeira número 5, fundada por Raimundo Correia, tendo como patrono Bernardo Guimarães e ocupada sucessivamente pelo médico Oswaldo Cruz, o poeta Aluísio de Castro e o jurista, crítico e jornalista Cândido Mota Filho.
Seu livro, "O Quinze", é publicado no Japão pela editora Shinsekaisha e na Alemanha pela Suhrkamp, em 1978.
Em 1980, a editora francesa Stock lança "Dôra, Doralina". Estréia da Rede Globo de Televisão a novela "As Três Marias", baseada no romance homônimo da escritora.
Com direção de Perry Salles, estréia no cinema a adaptação de "Dôra, Doralina", em 1981.
Em 1985, é inaugurada em Ramat-Gau, Tel Aviv (Israel), a creche "Casa de Rachel de Queiroz". "O Galo de Ouro" é publicado em livro.
Retorna à literatura infantil, em 1986, com "Cafute & Perna-de-Pau".
A José Olympio Editora lança, em 1989, sua "Obra Reunida", em cinco volumes, com todos os livros que Rachel publicara até então destinados ao público adulto.
Segundo notícia que circulou em 1991, a Editora Siciliano, de São Paulo, pagou US$150.000,00 pelos direitos de publicação da obra completa de Rachel.
Já na nova editora, lança em 1992 o romance "Memorial de Maria Moura".
Em 1993, recebe dos governos do Brasil e de Portugal, o Prêmio Camões e da União Brasileira de Escritores, o Juca Pato. A Siciliano, inicia o relançamento de sua obra completa.
Em 1994 marca a estréia, na Rede Globo de Televisão, da minissérie "Memorial de Maria Moura", adaptada da obra da escritora. Tendo no papel principal a atriz Glória Pires, notícias dão conta que Rachel recebeu a quantia de US$50.000,00 de direitos autorais.
Inicia seu livro de memórias, em 1995, escrito em colaboração com a irmã Maria Luiza, que é publicado posteriormente com o título "Tantos anos".
Pelo conjunto de sua obra, em 1996, recebe o Prêmio Moinho Santista.
Em 2000, é publicado "Não me Deixes — Suas histórias e sua cozinha", em colaboração com sua irmã, Maria Luiza.
Em novembro deste ano, quando a escritora completou 90 anos de idade, foi inaugurada, na Academia Brasileira de Letras, a exposição "Viva Rachel". São 17 painéis e um ensaio fotográfico de Eduardo Simões resumindo o que os organizadores da mostra chamam de “geografia interior de Rachel, suas lembranças e a paisagem que inspirou a sua obra”.
Rachel de Queiroz chega aos 90 anos afirmando que não gosta de escrever e o faz para se sustentar. Ela lembra que começou a escrever para jornais aos 19 anos e nunca mais parou, embora considere pequeno o número de livros que publicou. “Para mim, foram só cinco, (além de O Quinze, As Três Marias; Dôra, Doralina, O Galo de Ouro e Memorial de Maria Moura), pois os outros eram compilações de crônicas que fiz para a imprensa, sem muito prazer de escrever, mas porque precisava sustentar-me”, recorda ela. “Na verdade, eu não gosto de escrever e se eu morrer agora, não vão encontrar nada inédito na minha casa”.
Recebe, em 06-12-2000, o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Em 2003, é inaugurado em Quixadá (CE), o Centro Cultural Rachel de Queiroz.
Faleceu, dormindo em sua rede, no dia 04-11-2003, na cidade do Rio de Janeiro. Deixou, aguardando publicação, o livro "Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz", uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício com textos de Rachel de Queiroz.
Fonte: http://www.releituras.com/racheldequeiroz_bio.asp
Bibliografia
O quinze. Fortaleza, 1930 (Prêmio da Fundação Graça Aranha); 2ª ed., 1931; 3ªed., São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1942, 4ª ed. e seguintes (com desenhos de Poty), Rio de Janeiro, José Olympio, 1948, 51ª ed., 1992; 56ª ed., São Paulo, Siciliano, 1997.
João Miguel. Rio de Janeiro, Schmidt, 1932; 2ª ed., e seguintes (com desenhos de Poty), Rio de Janeiro, José Olympio, 1948; 9ª ed., 1990; 11ª ed., São Paulo, Siciliano.
Caminho de pedras. Rio de Janeiro, José Olympio, 1937. 10ª ed., São Paulo, 1987, São Paulo, Siciliano, 1995.
As três Marias. Rio de Janeiro, José Olympio, 1939 (Prêmio da Sociedade Felipe de Oliveira). 18ª ed., São Paulo, Siciliano, 1997.
Dora, Doralina. Rio de Janeiro/Brasília, José Olympio/INL-MEC, 1975; 2ª ed., Rio de Janeiro, José Olympio, 1975. 8ª ed., 1987; 10ª ed., São Paulo, Siciliano, 1997.
O galo de ouro. Rio de Janeiro, José Olympio, 1985. 2ª ed., 1986; 3ª ed., São Paulo, Siciliano, 1993.
Memorial de Maria Moura. São Paulo, Siciliano, 1992. 9ª impressão, 1997.
Teatro
Lampião (peça dramática em cinco atos). Prêmio Saci de O Estado de S. Paulo. Rio de Janeiro, José Olympio, 1953; 3ª ed., 1990.
A beata Maria do Egito (peça em três atos e quatro quadros). Prêmio Melhor Peça Teatral, da Associação dos Críticos Teatrais de São Paulo (1957); Prêmio de Teatro do INL (1957); Prêmio Roberto Gomes, da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro (1957). Rio de Janeiro, José Olympio, 1958; 3ª ed., ver., 1990. Montagem e encenação no Teatro dos Grandes Atores - Barra, Rio de Janeiro, 1997.
Teatro. São Paulo, Siciliano, 1995.
Crônica
A donzela e a moura torta. Rio de Janeiro, José Olympio, 1948. 100 crônicas escolhidas (Nota de Gilberto Amado). Rio de Janeiro, José Olympio, 1958, 2ª ed., São Paulo, Siciliano, 1994.
O brasileiro perplexo. Rio de Janeiro, Ed. do Autor.
O caçador de tatu (seleção e prefácio de Herman Lima). Rio de Janeiro, José Olympio, 1967.
As menininhas e outras crônicas. Rio de Janeiro, José Olympio, 1976.
O jogador de sinuca e mais historinhas. 1980.
Mapinguari (integrando O brasileiro perplexo e O jogador de sinuca e mais historinhas). Rio de Janeiro, José Olympio, 1989; 2ª ed., com o título O homem e o tempo. São Paulo, Siciliano, 1995.
As terras ásperas. São Paulo, Siciliano, 1993.
Literatura infanto-juvenil
O menino mágico (com 67 ilustrações de Gian Calvi). Rio de Janeiro, José Olympio,. 1967; 17ª ed., 1992; 21ª ed., São Paulo, Siciliano, 1997.
Cafute e Pena-de-Prata (com ilustrações de Ziraldo). Rio de Janeiro, José Olympio, 1986. 3ª ed., 1991; 9ª ed., São Paulo, Siciliano, 1996.
Memórias
Tantos anos (com Maria José de Queiroz). Rio de Janeiro, Siciliano, 1998
Seleta (org. por Paulo Rónai; notas e estudos do prof. Renato Cordeiro Gomes). Rio de Janeiro, José Olympio, 1973; 22ª ed., 1991.
Discursos na Academia (com Adonias Filho). Rio de Janeiro, José Olympio, 1978.
Arnaldo Niskier (discurso de recepção na Academia). Rio de Janeiro, Bloch, 1984.
Obra reunida. Vol. I (Nota da Editora; Louvado para Rachel de Queiros | Manuel Bandeira |; Vida e obra de Rachel de Queiroz | Antônio Carlos Villaça |; Uma revelação - O quinze | Augusto Frederico Schmidt |; Caminho de pedras | Graciliano Ramos | ): O quinze, João Miguel e Caminho de pedras. Vol. 2 (As três Marias | Mário de Andrade |): As três Marias e Dora, Doralina; Vol. 3: O galo de ouro e A donzela e a moura torta; Vol. 4 (Rachel de Queiroz | Herman Lima | ): 100 crônicas escolhidas e Caçador de tatu; Vol. 5 (Nota introdutória | Sérgio Milliet |; A beata Maria do Egito | Paulo Rónai | ): Mapinguari, Lampião e A beata Maria do Egito.
CD Rachel de Queiroz - historinhas e crônicas, lidas por Arlete Salles. 1º vol. da Coleção "Os Imortais", da Academia Brasileira de Letras, 1999.
Livros didáticos
Meu livro de Brasil 3 (educação moral e cívica - 1º grau). Rio de Janeiro, José Olympio/Fename/MEC, 1971.
Meu livro de Brasil 4 (educação moral e cívica - 1º grau). Rio de Janeiro, José Olympio/Fename/MEC, 1971.
Meu livro de Brasil 5 (educação moral e cívica - 1º grau). Rio de Janeiro, José Olympio, 1971. Todos em co-autoria com a professora Nilda Bethlem.
Luís e Maria (cartilha de alfabetização de adultos) em co-autoria co a professora Maria Vilas-Boas Sá Rego. São Paulo, Lisa, 1971.
Em colaboração
Brandão entre o mar e o amor (romance), em Co-autoria com: Aníbal Machado, Graciliano Ramos, Jorge Amado, José Lins do Rego. São Paulo, Marins, 1942.
Nove elas são (crônicas), em co-autoria com: Maria Eugênia Celso, Emi Bulhões de Carvalho, Dinah Silveira de Queiroz, Lygia Fagundes Telles, Ondina Ferreira, Leandro Dupré, Lasinha Luís Carlos, Francisca Barros Cordeiro. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1957.
História do acontecerá, em co-autoria com: Álvaro Malheiros, André Carneiro, Antônio Olinto, Clóvis Garcia, Dinah Silveira de Queiroz, Leon Eliachar, Zora Seljan. Rio de Janeiro, GRD, 1961.
O mistério dos MMM (romance), em co-autoria com: Viriato Correia, Dinah Silveira de Queiroz, Lúcio Cardoso, Herberto Sales, Jorge Amado, José Conde, Guimarães Rosa, Antônio Callado, Origines Lessa. Rio de Janeiro, O Cruzeiro, 1962.
Elenco de cronistas modernos, em co-autoria com: Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos, Rubem Braga). Rio de Janeiro, Sabiá, 1971; a partir da 5ª ed., Rio de Janeiro, José Olympio, 1976.
"Noel Nutels", em Memórias e depoimentos, de Noel Nutels (com vários autores). Rio de Janeiro, José Olympio, 1974.
Prefácios e notas em livros
Iracema - Ubirajara, de José de Alencar; O coronel e o lobisomem, de José Cândido de Carvalho; A pedra do reino, de Ariano Suassuna; Menino de engenho, de José Lins do Rego; Uma vida e muitas lutas (vol. III), de Juarez Távora; O enterro do anão, de Chico Anísio; Proezas do menino Jesus, de Luís Jardim; O menino do dedo verde, de Maurice Druon; Os náufragos do Carnapijó, de Sílvio Meira; Destino da carne, de Samuel Butler; A crônica dos Forsyte, de John Galsworthy; O morro dos ventos uivantes, de Emily Brontë; Moby Dick, de Herman Melville; Eurídice, de José Lins do Rego; Vila dos confins, de Mário Palmério; Paquetá, de Vivaldo Coaracy; A faca e o rio, de Odylo Costa Filho; Es trela da vida inteira, de Manuel Bandeira; O puxador de terço, de Moreira Campos; Do sindicato ao Catete, de Café Filho (em Caminho de pedras); Isto é Brasil, de Erich Joachim (prefácio e legendas); A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo; P erfis parlamentares I (discursos parlamentares I), de José de Alencar (prefácio e seleção).
Traduções
A. J. Cronin. A família Brodie (O castelo do homem sem alma). 1940; Edith Wharton. Eu soube amar (A solteirona), 1940; Erich Maria Remarque. Náufragos (E assim acaba a noite). 1942; Jane Austen. Mansfiel Park, 1942; Samuel Butler. Destino da carne, 1942; Phyllis Bottone. Tempestade d'alma, 1943; Pearl Buck. A exilada (biografia da mãe da autora), 1943; Daphne Du Maurier. O roteiro das gaivotas. 1943; Concordia Merrel. Coração Indeciso. (com Cícero Franklin de Lima), 1943; James Hilton. Coração indeciso (com Cícero Franklin de Lima), 1943; Dostoievski. Humilhados e ofendidos. 1944; Vicki Baum. Helena Wilfuer, 1944; Leon Tolstoi. Memórias (infância, adolescência, juventude), 1944; Henry Bellamann. A intrusa, 1945; D ostoievski. Recordações da casa dos mortos, 1945; Olive Prouty. Stella Dallas, 1945; Pearl Buck. A promessa, 1946; John Galsworthy. A crônica dos Forsyte (3 vols.), 1946; V ida de santa Teresa de Jesus, escrita por ela própria (memórias de santa Teresa), 1946; Elisabeth Gaskell. Cranford, 1946; Memórias de Alexandre Dumas, pai, 1947; A. J. Cronin. Atos de ternura, 1947; Emily Brontë. O morro dos ventos uivantes, 1947; M. D'Agon de La Contrie. Aventuras de Carlota, 1947; Mario Donal. O quarto misterioso e Congresso de bonecas, 1947; Y. Loisel. A casa dos cravos brancos, 1947; Honoré de Balzac. A mulher de trinta anos, 1948; Forrest Rosaire. Os dois amores de Grey Manning, 1948; André Bruyère. Os Robinsons da montanha, 1948; Germaine Verdat. A conquista da torre misteriosa, 1948; A. J. Cronin. Aventuras da maleta negra (os gerânios tornam a florir), 1948; Jean Rosmer. A afilhada do imperador, 1950; Raphaelle Willems. A predileta, 1950; Suzanne Sailly. A deusa da tribo, 1950; Dostoievski. Os demônios, 1951; Mary Bard. O doutor meu marido (confissão da esposa de um médico) (com Maria Luiza de Queiroz), 1952; Dostoievski. Os irmãos Karamazov (3 vols.), 1952; A. J. Cronin. Os deuses riem (teatro), 1952; Charles Chaplin. Minha vida (caps. 1 a 7), 1965; Anne Fremantle. Idade da fé (Biblioteca de História Universal Life), 1970; Agatha Christie. A mulher diabólica, 1971; (Todas essas 42 traduções foram publicadas pela José Olympio Editora).
Verner von Heidnstam. Os carolinos (crônica de Carlos XII), Rio de Janeiro, Delta, 1966.
François Mauriac. O deserto do amor (romance), Rio de Janeiro, Delta, 1966.
Julio Verne. Miguel Strogoff (romance), Rio de Janeiro, Ed. de Ouro, 1972.
Théophile Gauthier. O romance da múmia, Rio de Janeiro, Ed. de Ouro, 1972.
Jack London. O lobo do mar, Rio de Janeiro, Ed. de Ouro, 1972.
Fonte: http://www.jornaldosamigos.com.br/rachel_de_queiroz.htm